Numa grande reportagem que deu a capa da nova edição da revista da Abril, a constatação de um terrível quadro de manipulação ideológica no sistema de ensino no Brasil, quer seja na rede pública, quer seja na rede privada.
A grade curricular nacional está contaminada por conceitos retrógrados do século passado, com professores repassando aos alunos uma concepção de mundo a partir de fórmulas fracassadas e experiências falidas no velho Leste Europeu e requentadas na América Latina. E olha que o instituto Sensus é aquele mesmo preferido dos petistas, que mês a mês tem publicado índices elevados de popularidade do governo Luiz Inácio.
A varredura feita pela pesquisa expõe um retrato canhestro nas salas de aula, nossos jovens aliciados por mofadas teorias socialistas. Há tempos prego aqui neste espaço o quadro de metástase nos ambientes acadêmicos do Brasil, tomados por professores que colocam teses marxistas e stalinistas acima do compromisso verdadeiramente democrático, ocidental e de respeito às liberdades individuais. Assim como o MST se apossou de uma escola agrícola em Jundiaí para formar invasores de terras e baderneiros rurais, as escolas e universidades brasileiras estão ocupadas desde os anos 1970 por mestres na arte de formar militantes xiitas, ecochatos e radicais. Já conseguiram invadir as boas escolas privadas que trabalham desde os primeiros passos escolares do brasileiro até o pré-vestibular. Investem com sanha na construção de um juízo de valor contra o mercado, impõem aos jovens uma ojeriza ao lucro e vendem-lhes o empresário como um criminoso.
Toda essa estratégia – e agora já não me reporto à reportagem de Veja – começou na redemocratização, ainda no governo Ernesto Geisel, quando os primeiros líderes comunistas iniciaram um retorno à convivência social e espalharam seus arautos pelos partidos.
A partir dos anos 1980, se iniciou um trabalho de incentivo aos universitários na escolha dos cursos por concluir. Muita gente teve que trocar disciplinas e currículos para entrar no caminho orientado pelos chefes vermelhos. Tudo de olho no futuro que é agora. Quem fazia geografia era convidado a mudar para sociologia, na esperança da forjadura de um teórico da revolução; aluno de letras era incentivado a migrar para direito, na ânsia de juizes e promotores alinhados com o sentimento anti-capitalista de hoje.
A metodologia da miséria vai ganhando espaço na cabeça do cidadão, consolidando um tecido social completamente oposto à realidade do mundo globalizado. Forma homens e mulheres com cacoetes de militantes, deixando um vácuo de qualificação profissional.
É este país que hoje vemos nas ruas, uma civilização quase perdida, gente confusa e iludida com demagogias rasteiras. Somos vítimas de uma sociologia messiânica carregada do pó de uma sujeira que há muito o mundo moderno varreu da História.
terça-feira, 19 de agosto de 2008
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