Antes do debate, pessoas ligadas ao presidente candidato pregavam que a campanha deveria girar em torno de propostas e que assuntos ligados à corrupção deveriam ser evitados. Diziam que quem fizesse o contrário se daria mal.
Evidentemente, isso somente interessa a quem tem o telhado de vidro pronto para ser quebrado pelas pedradas do adversário. Por essa mesma razão, desde o primeiro turno, a tropa de choque da reeleição vinha insistindo desesperadamente nessa tecla.
Por incrível que pareça, a equipe do candidato da oposição, aparentemente, mordeu a isca e, até o debate promovido pela TV Bandeirante, o presidente foi poupado de ataques mais duros, sem que isso trouxesse qualquer benefício ao adversário, até que este mudasse de tática e assumisse postura mais agressiva.
Vimos, então, um presidente acuado, nervoso, inseguro e debochado, diante de um opositor bem preparado, seguro e convincente, mas não foi isso que a mídia divulgou. Pelo contrário, os meios de comunicação preferiram dizer que os candidatos optaram por se ofenderem mutuamente, em vez de discutirem programas de governo, procurando nivelar as duas apresentações.
Houve, ainda, quem elegesse dizer que o candidato da oposição foi grosseiro com o presidente, em flagrante desacordo com o que se viu no referido debate.
Agora, muito convenientemente, surge a primeira pesquisa depois do programa, na qual se afirma haver aumentado a diferença entre os dois candidatos. Imediatamente, surgiram as figuras de sempre da partida palaciana para vociferem que o eleitor não aceita grosseria, que baixaria não ganha eleição e outros chavões semelhantes. É claro que o fazem por saber que é aí que se encontra o seu ponto mais vulnerável
Que a oposição não embarque nessa canoa furada, que não acredite em pesquisas encomendadas, que não faça o jogo do antagonista.
É preciso bater, sim! E muito! Obviamente, com inteligência, mas com muita firmeza, com seriedade, explorando todos os desvios do governo e da quadrilha que o cerca e guarnece. Está na hora de disparar toda a munição disponível, principalmente as mais mortais, fustigando onde são mais sensíveis.
Mas é preciso, também, unificar a base. Nela, a mediocridade de algumas lideranças que colocam as suas mesquinhas conveniências eleitorais acima dos interesses maiores da nação não pode ser tolerada.
O resto é com o eleitor, que não é o idiota que muitos imaginam ser.
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