segunda-feira, 3 de outubro de 2005
REVÓRVE DO TRÔPERO
Seu Delegado eu vim trazer meu revorvinho, Que eu ganhei do meu padrinho Quando me tornei rapaz. Há 30 anos mora na minha cintura, Escorando a lida dura De tropero e capataz. Com esse revórve nessas volta do destino Já salvou muito teatino de apanhar sem merecer, Botou respeito sem precisar falar grosso, Com ele muito arvoroço Não deixei acontecer. Mas deu no rádio Que ninguém pode andar armado, E no rumo do povoado Eu vim tirando a conclusão, Que eu fiquei louco ou não entendi a notícia, Pois pensei que a polícia Desarmava era ladrão. "Ô mundo véio, que tá virado, Seu Delegado, preste atenção: Vê se devorve o revórve do tropero, Vai desarmar desordeiro E deixe em paz o cidadão!" Seu delegado, se um ladrão bater na porta Devo fugir pela outra? Me "arresponde", sim senhor! E se um safado me desrespeitar uma filha, Quem vai defender a família Do homem trabalhador? É muito fácil desarmar quem é direito, Quem tem nome e tem respeito, Documento e profissão, Muito mais fácil que desarmar vagabundo, Desses que anda pelo mundo Fazendo mal-criação. Pra bagunceiro O País tá encomendado, povo tá "desdomado" E quem manda faz que não vê, Nosso governo, Quem tem que prender não prende, Não vigia, não defende Nem deixa se defender! "Ô mundo véio, que tá virado, Seu Delegado, preste atenção: Vê se devorve o revorve do tropero, Vai desarmar desordeiro E deixe em paz o cidadão!"
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