domingo, 6 de novembro de 2005
Bananas para os macacos
Los macaquitos saltitaram nas ruas de Mar del Plata em histeria coletiva contra os Estados Unidos. O gorila venezuelano Hugo Chávez saltitou junto, balançando a pança ridícula e soltando grunhidos reacionários como se fossem fala de estadista. Linda foi a manchete do tablóide inglês The Times, no começo da semana: "Bush visita os fora-da-lei".Nada tem mais cheiro de fora-da-lei do que os desgovernos do triunvirato medíocre formado pelo ditador Fidel Castro, pelo imbecilizado Chávez e pelo farsante Luiz Inácio. As manifestações contra George W. Bush que juntaram algumas dezenas na latrina da América vão mudar a ordem mundial. Pelo menos imaginam os macaquitos no seu devaneio ideológico inspirado no fracassado modelo comunista que destruiu política e culturalmente os países do Leste europeu. Isso foi no século passado, viu meninos!Bush não vai dormir esses dias. Principalmente se souber que houve também protestos contra ele na Praça Kennedy, em Natal, e nas ruas de Jucurutu. Tudo comandado pela grande legenda do PC do B, essa potência eleitoral que já conquistou a mesa da Câmara e logo entrará, triunfal, nos jardins da Casa Branca. A esquerda latina vive um grande momento, conseguiu finalmente aprender a roubar e já sabe até costurar bonecos de presidentes americanos, como já fazem as potências muçulmanas do Iraque, Afeganistão e Irã.Mas a grande revolução socialista virá mesmo, em definitivo, graças ao surgimento de mais um grande líder guerrilheiro, o argentino Ernesto Diego Maradona, que promete usar a "mão de deus" para derrotar o império americano. O império inglês ele detonou em 1986, numa passeata pela defesa do inimigo. Maradona disse, em pose de beato marxista, que Bush era um "lixo humano". Esqueceu que comparado a ele, o americano não dá nem para o cheiro.Faz muito pouco tempo que Maradona perdeu a consciência, carcomida que foi pela cocaína. Quando arrastava seu corpanzil suíno por clínicas brasileiras e cubanas, era o retrato falado e quase animado de um ser humano em processo pútrido. Era um lixo na mais ilustrativa das expressões. Agora que virou um misto de "Che Guevara polichinelo" e "Faustão nanico", busca no meio da patuléia ignara uma sobrevida psico-social. Morrerá na contra-mão de Pelé.Ontem, também, enquanto Caetano Veloso descascava o PT em matéria especial do Jornal do Brasil, o pernambucano Alceu Valença experimentava um retorno ao planeta no meio do carnaval-ideológico-fora-de-época nas ruas de Brasília. Imaginem o sucesso de um evento público numa Brasília imprensada por um feriado. Mas quem não tem pão traça com pasto. A miúda reverência militante ao decadente cantador de São Bento do Uma deu a ele uma efêmera sensação de sobrevivência. Enquanto Ivan Lins papava um prêmio no Grammy e Bush bocejava na Cúpula, Alceu puxava o cordão puído dos sindicatos, Maradona cheirava a droga da Venezuela e lá nos cafundós de Jucurutu um comunista retroativo anunciava o fim do capitalismo. Na Praça Kennedy, a oratória da cocada atraía os curiosos. Em silêncio, a estátua de John Fitzgerald, meditava: "essa turma não muda nunca, continua merecendo apenas a banana nossa de cada dia".
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