segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
A ponte de Natal
Durante meses, enquanto transcorria a obra sob acusações e suspeitas de superfaturamento, a cidade de Natal travou um debate público para a escolha do nome da nova ponte ligando o centro da capital potiguar ao seu litoral norte.Intelectuais liderados pelo jornalista Vicente Serejo exigiam homenagem ao artista plástico e poeta Newton Navarro, já falecido. A governadora Wilma de Faria, orientada pelo seu marketing, queria ´´Ponte de Todos´´, a consagração do seu slogan de campanha.Nos jornais, todos os dias surgiam novas propostas e sugestões. Ponte Forte-Redinha, Ponte da Redinha, Ponte Natal-Redinha, Ponte Mário de Andrade, Ponte Aluizio Alves, Ponte Zila Mamede, uma infinidade de nomes.Enfim, foi batizada e inaugurada como Ponte de Todos Newton Navarro, satisfazendo as idiossincrasias intelectuais e publicitárias de Natal. Mas o povo, soberano como acreditam os democratas, resolveu chamar apenas Ponte Nova.E é assim que está sendo perpetuada, em letras brilhantes nos espaços do destino dos ônibus que trafegam pela nova obra da cidade, orgulho e motivo de passeios diários do seu povo.Quando vão para o litoral norte, os turistas também já sabem: tomam um ônibus que tenha escrito no alto da dianteira do carro ´´Via Ponte Nova´´. E pronto.
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