Os devaneios do senhor Luiz Inácio atingiram o ápice da baboseira. Que o barbudo se compare a Jesus Cristo, tudo bem, eu sempre o imaginei crucificado num inquérito na companhia de lobistas, aloprados, mensaleiros e sanguessugas.
Mas afirmar que seu período de governo é semelhante aos anos JK é de uma imbecilidade ímpar, ainda mais quando faz questão de citar o mágico ano de 1958 como sendo espelho refratário dos tempos de agora.
Comparar 1958 com a era Lula é o mesmo que buscar semelhanças entre o 1968 de Paris com a parada gay de São Paulo. O ano dourado de Juscelino Kubitschek fez brotar no país a Bossa Nova; os anos Lula pariram o forró comercial e o funk das bundudas.
E vamos logo puxando o assunto preferido dos latinos, principalmente daqueles situados a 48 graus no oeste do meridiano de Greenwich, divisa com o Pará em cima e com Minas embaixo. Luiz Inácio perde até no quesito “mulher”.
Em 1958 tínhamos Adalgiza Colombo como referência plástica, agora temos a Mulher Melancia. Havia ninfetas como Leila Diniz despontando ao sol carioca e deusas como Maysa a embalar os sonhos dos amantes. As ninfetas da era Lula vomitam besteirol na mansão do Big Brother.
Nos gramados do mundo, o balé da seleção brasileira tinha em Didi seu primeiro bailarino, cujos passes mágicos consagravam o show de Pelé, o passeio de Garrincha, a raça de Vavá, a elasticidade de Gilmar e a elegância de Bellini e Nilton Santos.
Na várzea nacional temos hoje o espetáculo mambembe de Mineiro, Gilberto Silva e Adriano, todos num ”pas de bourré” a compor o “petit finale” da boçalidade de Anderson, da “pirouette” pedaleira de Robinho e de um “brega grand jeté” do Dunga.
1958 começou com JK inaugurando o Aeroporto Internacional dos Guararapes, com Afonso Arinos eleito para a Academia Brasileira de Letras e com o Rio ganhando o Museu de Arte Moderna. A era Lula ficou marcada pelo caos nos aeroportos e a falência da Educação.
Se agora temos Adriane Galisteu como símbolo da atuação teatral e os roteiristas das novelas de TV como ícones da nossa dramaturgia, o ano dourado de JK começou com Gianfrancesco Guarnieri estreando “Eles não usam black-tie” e o país ganhando a Companhia Cacilda Becker de Teatro.
Enquanto o Palácio do Planalto tenta e inventa um jeito de engessar a atuação do Poder Judiciário e controlar a independência do Ministério Público, em junho de 1958 o presidente Juscelino promulgava a Lei 3.414 fixando vencimentos de juízes e promotores.
Ainda no futebol, se o 2008 de Luiz Inácio deu à nação rubro-negra a tragédia do Maracanã diante do fraco América do México, o 58 de JK proporcionou aos flamenguistas a glória de uma goleada de 6 x 2 no Beziktas da Turquia, lá em Istambul.
JK inaugurou em julho daquele ano o Palácio da Alvorada, o mesmo que hoje é freqüentado por compadres de Lula e aliados aloprados em busca de lobby para negócios escusos na vida pública e na privada.
Em agosto de 58 o Brasil recebia a visita de Foster Dulles, representante do presidente americano Eisenhower para discutir política petrolífera. Na era Lula, recebemos Hugo Chávez interferindo na vida legislativa nacional e tivemos uma guerrilheira colombiana ganhando um cargo no governo.
Entre outubro e dezembro do ano dourado, o Brasil viu Nelson Rodrigues estrear a peça “Os 7 Gatinhos” e o governo regular em Lei o seqüestro de bens adquiridos por enriquecimento ilícito. No presente, tivemos “Os 40 Mensaleiros” no teatro petista e a festa de lucros dos banqueiros doadores.
Se o rei Juan Carlos estivesse entre nós, decerto gritaria ao senhor Luiz Inácio, diante de tamanha ousadia comparativa: “¿Por qué no te callas?”
P.s. Aos 70 e poucos fiéis leitores deste blog. Estive sem postar nada estes dias, devido a um mosquitinho típico de país de 4º mundo, que se afeiçoou com meu sangue, e deixou o seu vírus como pagamento.
Mas a vida "ainda" continua...
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2 comentários:
melhoras
Fiquei filé de novo.
Obrigado.
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