Uma fonte privilegiada do Blog na Casa Branca nos informou esta semana que a CIA, a agência de inteligência norte-americana, encontrou indícios de que Osama Bin Laden tinha planos de se esconder em Natal, mas que esse projeto foi abortado e o local foi transferido para Abottabad, no Paquistão, por causa de um relatório do emissário de Bin Laden( o mesmo que morreu com ele na casa ), pertencente à rede terrorista Al Qaeda, que passou um tempo em Natal estudando a área e preparou um relatório para o chefe, fazendo-o desistir de construir a sua casa-esconderijo na capital dos Reis Magos. Inclusive, segundo a fonte, o projeto da casa de dois andares foi mantido, e é este que foi divulgado agora pro mundo todo após a morte do terrorista. Abaixo, apenas trechos do citado relatório (que é longo). Essa carta é datada de dezembro 2009, segundo a fonte.
“Natal é uma bela cidade, de gente ordeira e hospitaleira, mas algumas coisas que presenciei me fazem escrever ao nosso chefe supremo para dizer que não vai funcionar construir nossa pequena Fortaleza de Alá aqui”.
Compramos o terreno para construir nosso bunker na Praia de Ponta Negra, baseado naquele projeto feito em Teerã no ano passado, mas tivemos que ir numa tal de SEMURB pra poder ter um alvará. Lá nos disseram que o projeto demoraria entre um e dois anos pra ficar pronto. Triste com a notícia, perguntamos como fazer para agilizar, e uma pessoa nos sugeriu falar com algum político local, pra tentar acelerar o processo, e nos indicaram uma pessoa, que aqui eles chamam de vereador. Procuramos o tal vereador e ele disse que antes ele teria de criar um tal de um movimento #LicençaSemurbJA, receber uma doação financeira pro movimento, organizar uma festa com música, carros de som em frente à tal Semurb e ligar pras emissoras de rádio e tv, pois a partir daí é que as coisas andariam. A gente não entendeu absolutamente nada e decidimos não insistir mais.
Mas como temos Alá do nosso lado, e sete virgens nos esperando no paraíso, decidimos falar direto com a Alcaide da cidade (aqui eles chamam de prefeito). Na verdade é uma mulher (aqui elas são livres e têm vontade própria, acredita chefe?) Ela marcou comigo e com o primo Mohammed num tal de gabinete, às 11 horas de uma sexta-feira, bem na hora das nossas orações, mas mesmo assim fomos pro tal gabinete. Esperamos por quase três horas e desistimos, e quando estávamos de saída veio um rapaz e nos disse que a prefeita iria se atrasar um pouco, mas que ele tinha um recado dela para nós: ela pediu pra ele nos informar que toda a culpa pelos atrasos nos alvarás da Semurb era do Alcaide anterior, que tinha também deixado estragar uns remédios, e outras coisas que a gente também não entendeu. Aliás, as pessoas aqui falam o tempo todo de política chefe, é pior do que nossos primos do Ramás. Continuamos sem entender, nos desculpamos e fomos embora.
Sem saber o que fazer, fomos conversar com um amigo que fizemos durante estes meses morando nesta bela cidade. Ele é jornalista e disse que iria nos ajudar, pois escreve uma tal de coluna social e disse que se nossas fotos aparecessem nessa coluna, várias vezes seguidas, ao lado de pessoas conhecidas da cidade, em festas, e mediante uma contribuição pecuniária simbólica a ele, a gente seria aceito por uma pessoa chamada Jet. Afirmou mais de uma vez que se o tal Jet nos aceitasse tudo facilitaria. Desconfiamos que com esse nome o indivíduo só pudesse ser americano, e deixamos de retornar as ligações desse ex-amigo.
Caro chefe, decidimos retornar para as nossas montanhas do Afeganistão e falar com você pessoalmente da nossa desistência nessa missão de construir nosso bunker em Natal. Mas como somos guerreiros, decidimos tentar uma última vez.
Um outro amigo nos indicou para falarmos com uma tal governadora, que dizem que manda mais do que a prefeita. um fato que nos deu muitas esperanças é que eles tratam ela como guerreira. Então, imaginamos, ela poderia ser de alguma célula nossa da Venezuela, escondida por aqui, e decidimos procurá-la. Mas aí começaram de novo os problemas.
Pra poder falar com ela e pedir ajuda na liberação do alvará de construção do nosso esconderijo, tinha que passar por um outro gabinete, dessa vez de um secretário importante dela. Este, só se comunicava através desses telefones que o pessoal de Israel usa, os tais Smartphones que falei pro senhor um dia, aqueles que passam aquelas mensagens escritas. Ele não só não nos recebeu, como pediu pra enviarmos um email pra ele descrevendo o assunto. Já estávamos de saída do tal gabinete e veio uma senhora bem distinta e disse que tinha um recado da tal guerreira: que a gente procurasse o filho dela, que ele ajudaria a resolver. E disse também que essa coisa de Semurb dificultar uma obra é coisa de poderosos, de caciques, que não aceitam nunca que o partido dela cresça no estado.
Chefe, em resumo, pedimos desculpas e informamos que estamos abortando a operação e preparando nosso retorno pras montanhas, dentro do esquema planejado de Plano B. Ficamos com pena, pois Natal é uma cidade linda, o mar tem 28 graus, a comida é gostosa e as mulheres que conhecemos, apesar de não serem mais virgens, são todas bonitas e cheirosas (elas usam perfume chefe!). Mas é mais fácil construir esse bunker ao lado do Pentágono do que conseguir vencer a burocracia dessas seitas políticas daqui.
Salamalekoum, chefe. Que Alá esteja convosco!.”
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