O julgamento do Supremo negando a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti e mandando soltá-lo da cadeia de Brasília, onde estava preso há quatro anos, é manchete no Brasil e na Itália. Jornais de outros países europeus colocam a notícia também na primeira página. O assunto continua repercutindo lá fora até porque tudo indica que o governo italiano vai levar o processo para o Tribunal Internacional de Haia. Na Itália, o monstro foi condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos. Conseguiu fugir para o Brasil.(lógico) Sobre a decisão do Supremo, destaco a opinião da jornalista Dora Kramer, do Estadão:
- O Supremo decidiu, está decidido. Mas, esta vez, equívocos em série podem levar o Brasil ao Tribunal Internacional de Haia por alegação do governo italiano de descumprimento do tratado de extradição entre os dois países, na decisão do então presidente Lula de não mandar Cesare Battisti de volta ao país que o condenou à prisão perpétua por quatro assassinatos.
- Equívocos iniciados com a decisão do então ministro da Justiça, Tarso Genro, de contrariar parecer de órgão técnico de sua pasta pela extradição; continuados com a transferência da palavra final a Lula pelo Supremo apesar de sentença favorável à exigência da Itália; culminados com o veredicto presidencial baseado na suposição de que a Itália não seja um Estado de pleno Direito.
- Resultado: depois da bizarra mediação de acordo com o Irã, eis o Brasil de novo exposto desnecessariamente ao risco do constrangimento internacional.
sábado, 11 de junho de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário