Ouço no rádio, ligado alto, a notícia de que a Câmara, depois de absolver a deputada Jaqueline Roriz - acusada de corrupção - deverá livrar outro deputado corrupto, o chefão do PR, Valdemar da Costa Neto, que até um dia desses tinha cadeira cativa no gabinete do então ministro dos Transportes. Ou seria no gabinete do diretor geral do Dnit?
O locutor capricha na voz: “A absolvição da deputada Jaqueline Roriz, do PMN do Distrito Federal - flagrada em vídeo recebendo dinheiro do esquema de corrupção conhecido como o mensalão do DEM - com uma larga margem de votos tranquilizou a defesa de outro parlamentar que está tendo sua conduta analisada no Conselho Ético e Decoro da Câmara. Ao contrário de 2005, quando teve de renunciar para escapar da cassação, Valdemar da Costa Neto, do PR de São Paulo, poderá ser absolvido já no início do processo."
“Não, não é possível!" Mas é. Passado o choque,chego mais uma vez a conclusão que “Todos são farinha do mesmo saco".
Horas depois, já nas ondas da internet, leio aqui, pulo acolá, chego à coluna de Ancelmo Gois, na edição onlaine de O Globo. Destaco quatro notas seguidas sobre o mesmo mote: A corrupção no país de Jaqueline. Ela - a corrupção - que anda driblando a faxina da beque Dilma Rousseff. Confira:
1) Do senador Jarbas Vasconcelos, ontem, na tribuna do Senado, sobre a faxina de Dilma, que, disse, ficou pela metade:
- A presidente capitulou, submeteu-se à chantagem de sua base aliada. Sua famosa faxina limitou-se a jogar a sujeira para debaixo do tapete. Deixar uma limpeza pela metade pode ser até pior do que não fazer limpeza nenhuma...
2) O senador tucano Cyro Miranda, de Goiás, meio à brinca, meio sério, propôs ontem a criação do... “Dia Nacional da Corrupção, a ser comemorado em 30 de agosto".
3) Com a proposta de financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais rejeitada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, semana passada, o senador Luiz Henrique, do PMDB catarinense, tenta uma última cartada. Entrou com interpretação de recurso ao plenário. Na prática, é uma tentativa de submeter a proposta à votação de todos os senadores, pois a decisão da comissão foi terminativa.
4) O deputado Doutor Aluízio (PV-RJ) apresentou projeto de emenda constitucional que institui o voto aberto facultativo na apreciação de cassação de deputados e senadores. Ou seja, o deputado ou senador, ao votar um pedido de cassação de um colega, terá de declarar se quer ou não que seu voto apareça no painel
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