O comentário é de Dora Kramer, com o título “Serial crise", publicado no Estadão:
- A quantidade recorde de seis ministros afastados em menos de dez meses de governo quer dizer o quê? Depende. O governo certamente gostaria que a interpretação lhe fosse mais favorável possível. Adoraria que as pessoas concluíssem que a presidente Dilma Rousseff não aceita “malfeitos".
- A cena, porém, pode ser vista por outros ângulos. Um deles indica que a presidente não sabe escolher auxiliares.
- Outro mostra que ela falha visivelmente no quesito imposição de critérios para nomeações, com a evidência de que o governo não faz nenhuma triagem nos nomes que lhe são submetidos como política e partidariamente mais convenientes.
- Há ainda a infeliz coincidência de todos os demitidos até agora terem sido indicações sustentadas pelo ex-presidente Lula, o que não alivia a responsabilidade de quem deve, de fato e de direito, responder pelo bom andamento dos trabalhos governamentais.
- A hipótese mais plausível, no entanto, é a mais simples: o governo nasceu velho, carcomido de vícios herdados e que foram aprofundados ao logo dos oito anos de gestão Lula e mantidos inalterados.
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