O texto abaixo foi extraído do livro "Como o futebol explica o mundo" de Franklin Foer. Você encontra também no blog O sentimento não pode parar!!!.
“Quando Eurico Miranda entrou para a diretoria do Vasco, em 1975, aos trinta e poucos anos, era um homem de recursos limitados. Filho de um padeiro português, tinha trabalhado como vendedor numa concessionária carioca da Wolkswagen. Mas, com seu carisma e habilidade política, não demorou a subir na hierarquia do Vasco. Isso mudou sua vida. Comprou casas à beira-mar, além de um iate. Não se trata de uma história de riqueza obtida com os próprios esforços. Atualmente, a imprensa brasileira e uma investigação promovida pelo Congresso têm documentado os delitos de Eurico Miranda. Em 1998, o Vasco recebeu 34 milhões de dólares em dinheiro do NationsBank (atual Bank of América), ávido por estabelecer o seu nome no grande mercado brasileiro por meio do patrocínio de uma marca esportiva popular. Quando o banco assinou o contrato, anunciou que o dinheiro seria suficiente para sustentar o clube por 100 anos. Dentro de dois anos, porém, essa quantia havia praticamente desaparecido. Cerca de 124 mil dólares tinham sido usados na compra de camisetas e material de propaganda para a última campanha eleitoral de Eurico Miranda. Doze milhões de dólares foram parar em contas de uma empresa das Bahamas chamada Liberal Banking Corporation Limited. A companhia era mesmo muito liberal, como se viu depois. Qualquer representante legal do Vasco podia sacar o dinheiro. Segundo um relatório publicado pelo Senado Brasileiro, o dinheiro retirado foi usado em pagamentos da concessionária de automóveis, de investimentos empresariais, do cartão de crédito, do irmão e do provedor de Internet de Eurico Miranda. “Está claro”, concluiu o relatório, “que o sr. Eurico Miranda tem desviado para suas contas dinheiro pertencente ao Vasco.” Ele não tivera cuidado em disfarçar sua trilha. Não precisava. Como detinha uma cadeira no Congresso, a imunidade parlamentar impedia que o processassem. Como o apoio dos muitos torcedores do Vasco, parecia que ele iria ficar impune para sempre.
Tendo ele, contudo, esbanjado o investimento do Bank of América, o Vasco mergulhou em dívidas e na mediocridade. Em 1998, o time ganhara a Copa Libertadores da América. Três anos depois, o clube devia ao seu astro Romário 6,6 milhões de dólares em salários atrasados. Pior que isso: para manter a equipe em campo, o próprio Romário teve de tirar dinheiro do bolso para cobrir as remunerações de seus colegas de time(...)”
“Quando Eurico Miranda entrou para a diretoria do Vasco, em 1975, aos trinta e poucos anos, era um homem de recursos limitados. Filho de um padeiro português, tinha trabalhado como vendedor numa concessionária carioca da Wolkswagen. Mas, com seu carisma e habilidade política, não demorou a subir na hierarquia do Vasco. Isso mudou sua vida. Comprou casas à beira-mar, além de um iate. Não se trata de uma história de riqueza obtida com os próprios esforços. Atualmente, a imprensa brasileira e uma investigação promovida pelo Congresso têm documentado os delitos de Eurico Miranda. Em 1998, o Vasco recebeu 34 milhões de dólares em dinheiro do NationsBank (atual Bank of América), ávido por estabelecer o seu nome no grande mercado brasileiro por meio do patrocínio de uma marca esportiva popular. Quando o banco assinou o contrato, anunciou que o dinheiro seria suficiente para sustentar o clube por 100 anos. Dentro de dois anos, porém, essa quantia havia praticamente desaparecido. Cerca de 124 mil dólares tinham sido usados na compra de camisetas e material de propaganda para a última campanha eleitoral de Eurico Miranda. Doze milhões de dólares foram parar em contas de uma empresa das Bahamas chamada Liberal Banking Corporation Limited. A companhia era mesmo muito liberal, como se viu depois. Qualquer representante legal do Vasco podia sacar o dinheiro. Segundo um relatório publicado pelo Senado Brasileiro, o dinheiro retirado foi usado em pagamentos da concessionária de automóveis, de investimentos empresariais, do cartão de crédito, do irmão e do provedor de Internet de Eurico Miranda. “Está claro”, concluiu o relatório, “que o sr. Eurico Miranda tem desviado para suas contas dinheiro pertencente ao Vasco.” Ele não tivera cuidado em disfarçar sua trilha. Não precisava. Como detinha uma cadeira no Congresso, a imunidade parlamentar impedia que o processassem. Como o apoio dos muitos torcedores do Vasco, parecia que ele iria ficar impune para sempre.
Tendo ele, contudo, esbanjado o investimento do Bank of América, o Vasco mergulhou em dívidas e na mediocridade. Em 1998, o time ganhara a Copa Libertadores da América. Três anos depois, o clube devia ao seu astro Romário 6,6 milhões de dólares em salários atrasados. Pior que isso: para manter a equipe em campo, o próprio Romário teve de tirar dinheiro do bolso para cobrir as remunerações de seus colegas de time(...)”
2 comentários:
Triste saber o quanto esse cidadão prejudicou meu amdo Vasco. Uma paixão de milhões na mão de um criminoso. E o pior é que todos sabem, há provas, mas nada se faz. O único jeito de Eurico sair da direção do Vasco é pela justiça pq por eleições ele sempre frauda. Todos os sócios que conheço votam contra ele e ele sempre ganha? Algo há de estranho no Reino de São Januário e quem sofremos somos nós.
abraços
Mas pior é que o Eurico ainda tem muitos defensores.....
Sds. Celestes
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ENTREM E SINTAM-SE A VONTADE
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