O jornalismo chapa-branca brasileiro esqueceu de registrar, na quinta-feira, o triste aniversário de 41 anos de um dos diversos momentos de extrema violência contra o ser humano promovido pelo pior de todos os regimes, o comunismo. Os cuecões cínicos e os boiolas juvenis não escrevem sobre o terror que os comunistas já impuseram aos povos do Leste europeu, numa crueldade capaz de deixar constrangido o mais radical dos oficiais das SS nazistas.
Nas três grandes desgraças que se abateram sobre a humanidade, a Inquisição promovida pela igreja católica, o nazi-fascismo e o comunismo, não tenho dúvida hoje de que a mais violenta, imoral e covarde foi a terceira. A juventude brasileira, infelizmente, não toma conhecimento dessas tragédias. Está cega e aliciada pelas mentes esquerdofrênicas que ocuparam funções estratégicas nas escolas, faculdades e universidades do Brasil a partir da década de 1970, mas é preciso sempre contar e recontar sobre o principal papel do comunismo na História: o controle total das sociedades, a inversão de valores democráticos, a censura à opinião, ao pensamento livre e à imprensa, e o fim das liberdades individuais.
Um dos instantes históricos mais negros da Europa - depois dos Expurgos de Moscou, quando o ditador Stálin promoveu prisões, exílios, torturas e assassinatos de milhões de pessoas, e da perseguição de Hitler aos judeus - foi o fim da “Primavera de Praga”.O termo se referia ao governo democrático e reformista do presidente Ludvik Svoboda, tocado pelo primeiro ministro Alexander Dubcek, que liderava a Tchecoslováquia e seus 14 milhões de cidadãos numa administração voltada para os direitos civis e a liberdade de pensamento. Com a Democracia avançando em terreno bolchevique, logo o poder comunista em Moscou demonstrou preocupação. Dubcek ainda tentou disfarçar classificando seu governo de “um socialismo com face humana”. Um paradoxo, diga-se, mas se há uma coisa que comunista não tolera é o bem estar de todos com liberdades individuais; no regime soviético todo cidadão tem que ser operário, trabalhar para o Estado e o partido do poder e não ter sonhos ou desejos de consumo.
A Tchecoslováquia merecia aquele epíteto de primavera na sua capital. Praga era um centro de desenvolvimento intelectual, artístico e esportivo. Seus cafés eram o retrato de uma cultura efervescente, como Bucareste, Viena e Paris foram nos anos 20 e 30.
Com a explosão coletiva da rebeldia estudantil em todo o planeta, que culminou com as barricadas de Paris e os jovens cabeludos cantando e dançando rock ‘n’ roll e pedindo o fim da Guerra do Vietnã, o Politburo do PC russo percebeu o paiol que significava a Tchecoslováquia naquele contexto. Era a manhã do dia 20 de agosto de 1968 em Praga quando a rádio homônima despertou seus ouvintes com uma estranha notícia: “Na noite de ontem, por volta das 23h, tropas da União Soviética, da República Popular da Polônia, da República Democrática Alemã, da Hungria e da Bulgária ultrapassaram as fronteiras da Tchecoslováquia”, e antes que as primeiras fatias de pão fossem à boca do povo tcheco, um terremoto de 7 mil tanques de guerra e milhares de coturnos balançaram as estruturas do país e do seu governo, eram os militares comunistas do Pacto de Varsóvia cumprindo ordem de invasão dada pelo Kremlin.
Aquele governo que para o Ocidente era a mais natural Democracia, era no entanto, aos olhos da Rússia, uma ameaça ao regime totalitário da região, uma contra-revolução ao projeto da ditadura do proletariado que tanto pregavam os maiores líderes da revolução de 1917.
O presidente e o primeiro ministro tchecos, e todos os líderes do povo, foram presos na noite do dia 20. Soldados ocuparam pontos estratégicos em todas as ruas de Praga e prepararam a entrada triunfal das tropas, que massacraram os civis que tentavam conter o golpe com diálogo e, em última e desesperada opção, com pedras. Intelectuais e escritores que depois resgataram o cruel instante, registraram o sentimento terrível que se apoderou dos cidadãos tchecos e eslovacos ao verem no meio dos militares comunistas as tropas do exército alemão, como num remake de horror da invasão nazista em 1939. Para aumentar o despero do povo e a tristeza daquela comparação incontrolável, todos ouviram a justificativa da invasão dada pelo governo da Alemanha Oriental – por trás do Muro de Berlim – nas ondas do rádio que chegavam até Praga.
A Germânia comunista avisava que a presença de tropas e tanques na cidade era uma ação legítima e necessária. Dizia o aviso: “No interesse da vossa segurança, no interesse dos povos e da paz mundial, os irmãos socialistas não poderiam permitir que a República Tcheca rompesse com a comunidade dos Estados socialistas”. Num cinismo dialético e numa cara de pau ideológica, o informe alemão ainda teve o desplante de dizer que a ação violenta foi uma reação imediata “ao urgente pedido de ajuda dos patriotas tchecos”, que agora tinham a proteção bélica para não permitir que o regime do país incorresse numa democracia das nações burguesas do Ocidente. Em entrevista à agência de notícias Deutsche Welle, da Alemanha, a artista judia Lisa Scheuer, que em 1939 fugiu das tropas nazistas, afirmou que o horror em Praga foi como uma viagem no tempo, o mesmo pânico de trinta anos antes. O cenário se redesenhava, substituindo apenas os soldados nazistas por comunistas.
Os líderes políticos da Tchecoslováquia voltaram ao país dias depois da prisão em Moscou, com o compromisso de pedir calma ao seu povo que em troca receberia um afastamento gradual dos russos de seu território. A Democracia foi destruída e os milicos comunistas ficaram ali mais de duas décadas, saindo apenas, em definitivo, em 1991, dois anos após a queda do Muro de Berlim e a extinção do regime soviético em todo o Leste europeu.
Se os jovens brasileiros tratassem de ler minuciosamente sobre o terror das ditaduras comunistas na Europa, na China, no Vietnã, na Coréia, em Cuba, jamais aceitariam as teses ilusórias de quem chefia partidos de esquerda no nosso País.
É preciso combater os regimes totalitários, impedir a instalação do comunismo com o mesmo afinco e consciência com que rejeitamos, há décadas, os conceitos nazistas e fascistas. Dos três, o pior deles é o que trama o terror dentro da legalidade constitucional.
Creiam, rapaziada, a trindade do mal na História contemporânea é formada pelos três regimes autoritários que são iguais em corrupção e imoralidade: nazismo, fascismo e comunismo. Hitler, Mussolini e Stálin são seus ídolos e profetas.
Viva a Democracia do Ocidente livre! Só no Capitalismo democrático há perspectivas de futuro para a liberdade, a ciência, a comunicação, as artes e a História.
1 comentários:
hahaha como se a direita fosse santa.....me diz quem jogou a bomba de hiroshima???? URSS??? pelo amor cara se toca..... a pior coisa da humanidade não é o comunismo é o proprio ser humano....
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