O primeiro, com todo o direito a aplausos de arquibancada, foi a decisão de partir pra cima das famigeradas operadoras de telefonia e internet e exigir melhorias no péssimo serviço praticado no Brasil. Chega de ser apenas um Paraguai virtual.
O segundo gol, que não merece apenas palmas, mas também algumas vaias para os derrotados em questão, é a digníssima iniciativa de mandar para o cesto do lixo o projeto stalinista do ex-terrorista e ex-ministro Franklin Martins.
As notícias alvissareiras deste sábado destacam que o governo enterrou a má idéia de regulação da imprensa elaborada pelo senhor Martins, o famoso rabiscador da carta endereçada aos militares exigindo a soltura dos colegas em troca de um embaixador.
Segundo as reportagens nas páginas dos principais jornais e sites do País, o atual ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, reuniu-se com a presidente Dilma no Planalto e ambos decidiram deletar os desejos de censura do revanchista Franklin.
Nos planos do novo governo, disse Bernardo, “há outras prioridades para serem tocadas, como o projeto de banda larga”, que deverá ser apresentado a Dilma Rousseff até no máximo o mês de abril. É preciso modernizar a web quase analógica do Brasil.
“A banda larga vai ter prioridade e premência porque vamos discutir também o plano geral de metas de universalização”, disse o novo ministro das Comunicações. O projeto de Franklin Martins caducou na agenda de campanha e mofou após a posse.
A decisão do Planalto com clara tendência de desconsiderar o projeto que intentava contra a liberdade de expressão e pensamento, que entre outros atentados previa a instalação de um conselho nacional de jornalismo, vai decepcionar o PIG.
O Partido da Imprensa Governista, repleto de redatores sindicais, de colunistas retrógrados e de blogueiros militantes, vai roer unha e ruminar impropérios contra a republicana e democrática iniciativa da tia Dilma.
Mal acostumados com o parasitismo adquirido em anos de polpudos salários nos milhares de cargos comissionados oriundos do aparelhamento do Estado pelo PT, os letrados vagabundos continuarão babando de inveja dos veículos de comunicação.
Não consigo disfarçar minha satisfação, misto de gozo e tripúdio, quando leio o vômito verbal da mundiça contra a Veja, a Folha, a Globo, o UOL. Bom demais saber que essa raça não projetará jamais coisa igual no mercado.
É ridícula a petulância ideológica dessa gente que remói ódio e inveja dos veículos e jornalistas que não rezam pela sua surrada cartilha, age como se nela configurasse o lado certo, o papel de mocinho na cena política, quando só bandidagem lhe cabe.
Vou repetir. É zero a chance de algum dia nutrir simpatias por figuras como Dilma Rousseff, mas é plausível de elogios suas duas primeiras decisões no âmbito das comunicações. Pena que logo logo os quadrilheiros de sempre ocuparão seus postos.
Sempre que qualquer fato estabelece um confronto com interesses petralhas ou de seus partidos satélites, me remeto ao episódio da Segunda Grande Guerra quando Winston Churchill anunciou a aliança firmada com o ditador comunista Joseph Stalin.
Questionado por se juntar a um assassino e corrupto, o ministro inglês ilustrou assim a decisão: "Se Hitler ameaçar invadir o inferno, eu me alio com o diabo". Vale pra mim, sem escrúpulos sociológicos; contra petralha, chamo Pinochet de Madre Tereza.
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