"Será que o sonho brasileiro de finalmente sair da chamada armadilha da renda média após uma década de crescimento econômico sólido está emperrando de repente?", questiona o texto, assinado pelo correspondente do jornal em São Paulo, Joe Leahy.
"Para a presidente Dilma Rousseff, além do embaraço pela previsão errada, o mais preocupante será descobrir que diabos deu errado na economia", diz o jornal.
Pior da década
O artigo, intitulado 'Dor da meta de crescimento perdida sacode o Brasil de seu sonho", observa que tirando o atípico ano de 2009, quando a economia global sofreu um colapso, o crescimento no ano de 2012 será o pior da década para o Brasil, apesar de várias ações do governo para tentar estimular o crescimento.Para o correspondente do Financial Times, as medidas do governo não tocaram no problema da falta de competitividade de setores como o automotivo, protegido das importações que poderiam forçar uma melhoria de competitividade.
Fonte UOL.
Se os mais novos fizerem uma busca no CR, veram que era pedra cantada e decantada por alguns dos nossos colegas.
Desde pelo menos 20 anos, que a batata das reformas fiscal e administrativa vem assando, e agora queimou!!!
Queimou mesmo...
O jornal observa que a política do Partido dos Trabalhadores de proteger os empregos vem mantendo a taxa de desemprego nos níveis mais baixos da história, mas afirma que isso traz consigo maiores custos trabalhistas.
Por fim, o artigo afirma que "apesar de os brasileiros ainda não estarem sentindo o impacto da desaceleração, os investimentos vêm se retraindo de maneira silenciosa". O jornal comenta que os investimentos no país, "já baixos para um país em desenvolvimento", caíram 1,9% no terceiro trimestre.
O jornal comenta que o "sempre otimista" Mantega ainda promete um crescimento de 4% no ano que vem, mas afirma que "em lugar de fazer promessas rosadas, o governo deveria usar a desaceleração para promover as dolorosas reformas necessárias para acelerar a transformação do Brasil de uma economia baseada no consumo em uma balanceada por mais investimentos".
Para o autor, a determinação mostrada pelo governo em promover a redução das tarifas de eletricidade ou o corte nas taxas de juros também deveria ser aplicada na reforma tributária, no combate à burocracia pouco eficiente, no enfrentamento de interesses escusos da iniciativa privada e na construção de infraestrutura.
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