Passeando na 25 de Março aqui em São Paulo (para quem não conhece, um centro de compras altamente concorrido devido aos preços e variedades), minha irmã inocentemente observa que a moda - das bijuterias aos acessórios e maquiagens - estão iguais a da novela.
Num comentário tão ingenuo, a verdade de um país: o povo brasileiro, homens e mulheres, adultos e crianças, seguem os parâmetros mais supérfluos que há para se seguir: a moda imposta por uma novela ignóbil, cuja realidade não podia estar mais longe da verdade se estivesse se tratando de Marte.
E aí, não menos que coincidentemente, hoje pela manhã, uma aluna de inglês (já adulta, inteligente, trabalhadora) me pergunta no dito idioma: "porque os Jornais e as novelas não aproveitam sua capacidade de influencia, para estabelecer parâmetros importantes como a educação, o combate a corrupção, o poder de um povo culto, as tradições, o respeito às autoridade, etc?"
Eu não pude responder nem em inglês e nem em português, porque não há língua conhecida que possa verbalizar um sentimento profundo de indignação. Em voz baixa respondi, mais para mim do que para ela: "a quem, no Brasil, poderia interessar um povo educado e culto?"
A quem interessa o povo como está: Entorpecido por novelas ou por crack? A quem nós estamos dando o poder de dirigir todo um país para o fundo do poço, sem falar nada?
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