Já
há algumas décadas, vivemos um processo de liberação de costumes que tem sido
encarado como progresso por muitos arautos da “liberdade”. Aqueles que ousam
falar em limites, moral, valores e Deus, são taxados de “conservadores”. Universitários
e intelectuais costumam torcer o nariz
ao pronunciar esta palavra, como se pejorativa fosse, como se conservar o que é
bom e funcional fosse obrigatoriamente um atraso pelo simples motivo de que
esse algo é antigo.
É inegável
que a partir da segunda metade do século XX, o mundo viveu o seu apogeu
científico e que desde então passamos a ter muito maior acesso ao conhecimento
e aos bens de consumo que as gerações passadas. Viver, hoje, é mais confortável
que ontem. Superamos doenças que no passado eram incuráveis, conseguimos nos
comunicar com quem está do outro lado do globo, vemos o que acontece em
qualquer parte do planeta sem sairmos de casa, através da internet. E apesar de
tudo isso, sentimos que falta algo. É o vazio deixado pela falta de fé no
Criador, falta de fé no outro, na família. É o abandono que se sente no mundo
onde vale tudo; cada um por si e Deus por ninguém. O uso de todos os tipos de
drogas cresce exponencialmente. O sexo, quando do declínio do prestígio, da
moral e da religião, passou a ser liberado. Mas agora, que o “amor” é livre,
por que não é duradouro? A libertinagem parece ter sido o único “valor”
coerente defendido pela “geração paz e amor”. Estamos livres das amarras dos
valores, dos bons costumes, mas por que a depressão atinge 30% da população da
nossa sociedade “liberta”? Será que nossa falsa liberdade nos escravizou?
Jogamos fora
o que aprendemos das antigas gerações por ser a moral uma “convenção burguesa”,
porque a moderna sabedoria, tão vociferada nas universidades, diz que não
existe certo e errado, que precisamos superar estas idéias pré-concebidas.
Quando Einstein pronunciou a sua sentença de que “tudo é relativo”,
provavelmente não imaginou que engenheiros sociais se apropriariam tão covardemente
de sua teoria da Física. Os resultados empíricos disso podem ser observados na
sociedade onde não existe certo e errado. Alunos que nunca respeitaram a
autoridade de um professor vão às ruas pedir investimentos na educação. Jovens
que nunca aprenderam nem mesmo a ser bons filhos já se tornam pais. Multiplicam-se
as promessas de amor eterno aos namorados nas redes sociais, sem que a maioria
de nós consiga ser fiel nem mesmo aos melhores amigos.
Neste
mundo em que os valores perderam o valor, quem os mantém está conservando o
equilíbrio em meio ao caos moderno. Nós, que renunciamos à anarquia moral
institucionalizada na sociedade, não aceitamos perder o que foi cultivado pelas
gerações anteriores, o que havia de mais nobre e digno entre a herança deixada
pelos nossos antepassados. Somos conservadores e principalmente, somos Cristãos
com muito orgulho.
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