O VIAGRA DO MATUTO
O viagra do matuto, é uma cabôca facêra, cum a sua bôca incarnada, rodando no mêi da fêra. Daquela qui só cum o oiá, faiz o cabra emburacá, de noite, na capuêra.
É seu côipo arrupiado, mode um chêro in seu cangote, qui nem sapo atráis da gía, iscundido atráis do pote.
É o intrançado de perna, no quilaro da lanterna, da lua, atráis de um serrote.
É um copo de "te atola",qui eu te digo, meu irmão:É rapadura rapada, cum água bem fria e limão. É uma saia alevantada,pru detráis de uma latada,numa noite de São João.
É o riso e o oiá da cabôca, prometendo safadeza.
Fazendo o sangue frêivê, e acelerá, cum certeza.
Butando fogo in seu facho, cunvidando o cabra macho, prá acanhá a natureza.
É um decote generoso, uma abertura profunda, uma saia láiga, rodada,de premêra sem sigunda.
Incanta quaiqué sujeito, mostrando o rêgo duis peito, quando a saia avôa, a bunda.
Arriba de tudo isso, é o caríin de uma muié.
Seus biliscão, suais unha, da cabeça inté o pé.
Se isso aí num resôivê, num ai remédio, pode crê, qui bote o "troço" de pé!...
Autor: Bob Motta
Academia de Trovas do Rio Grande do Norte
União Brasileira de Trovadores-UBT-RN
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
0 comentários:
Postar um comentário