Seria muito bom se cada cidade latina, como Natal, hospedasse torcedores, delegações e jornalistas estrangeiros como sede de uma Copa da FIFA. Ocorre que o glamour dura três dias e as mazelas históricas permanecem depois, sina dos excluídos.
Ninguém é contra o bom futebol. Só não se pode ficar cego e mudo às contradições de um país desgovernado, com seu serviço público cheio de vícios e erros. A FIFA que exige transportes e aeroportos, interfere como um Estado dentro de outro.
Mas suas exigências não contemplam o grosso da sociedade, aliás uma prerrogativa obrigatória das prefeituras e governos estaduais e federal do Brasil. Não existe futuro para o turismo sem uma população bem servida. Arenas e hotéis não são tudo.
Ricardo Teixeira e os homens de Joseph Blatter estão fazendo negócios - o que não é errado, observando o que lhes interessam e diante de festejos mambembes e exposições culturais. Mas a vida não se muda com uma Copa. O México já fez duas, e daí?
Faltou alguém dizer aos governantes brasileiros que um evento como esse da FIFA é similar ao circo da Fórmula Um ou a torneios de golfe e abertos de tênis, todos eles acessíveis a quem tem dinheiro. Ilude-se quem imaginar povão no Estádio das Dunas.
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