Do Painel da Folha de S. Paulo
A raposa e as uvas
O processo para investigar o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, que não registrou em seu nome uma casa avaliada em R$ 5 milhões, acaba de ganhar novo relator no Tribunal de Contas da União. Trata-se de ninguém menos que Raimundo Carreiro, também ex-secretário-geral do Senado, que trabalhou com Agaciel por mais de uma década. Mais: a mulher de Carreiro esteve subordinada a Agaciel até o STF editar a súmula antinepotismo. Por sua vez, a mulher de Agaciel foi chefe-de-gabinete de Carreiro.
A substituição ocorreu no dia 24 passado, depois de o processo permanecer 22 dias no gabinete de Aroldo Cedraz, inicialmente designado para examinar o caso.Escoadouro. O caso Agaciel não será o único referente ao Senado a desaguar na mesa de Raimundo Carreiro. Os ministros do TCU têm uma lista de unidades jurisdicionadas. Ou seja: todos os casos referentes a certos órgãos são destinados à mesma pessoa. Carreiro cuida do Senado.
Ponto final.
A primeira análise dos técnicos aponta para a conclusão de que Agaciel tinha dinheiro para comprar a casa. Como o Senado fez só esta pergunta ao TCU, a tendência é arquivar o caso.
No forno.
Discute-se em gabinetes da Câmara um projeto de resolução para reverter as perdas de mandato de Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE), todas ocorridas na esteira do mensalão. Se a ideia prosperar, precisará de maioria simples para ser aprovada -menos do que os votos necessários para cassar.
Tem jeito não...
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