A Copa do Mundo de 2014 já alimenta a propaganda maciça da mídia eletrônica, ocupando os horários nobres e plebeus da televisão, nem passou ainda a ressaca da última. Ressaca dos vitoriosos e dos derrotados e, neste último time desfralda a bandeira canarinha numa de suas campanhas mais medíocres. A Globo já ostenta na sua grade os primeiros comerciais. Como sempre, na da base do ufanismo. Somos mesmos a pátria das chuteiras como classificou Nelson Rodrigues, sempre genial. Até o presidente Lula anda meio afobado com o pessoal da Fifa, cujo secretário executivo, Jérône Valcke, criticou o atraso das obras para o evento de 2014.
As críticas da Fifa não se resumem apenas à construção dos estádios. Vão mais além. Pega nas obras de infraestrutura: estradas, aeroportos. Principalmente aeroportos. O presidente Lula não gostou. Falando em Brasília, devia ser o seu décimo discurso do dia, respondeu às criticas. Às folhas tantas falou que as pessoas, os brasileiros envolvidas nos projetos para a próxima Copa, sabem o que estão fazendo, são ciosos de suas responsabilidades. “Não somos idiotas”, enfatizou Lula
Bom, há controvérsias.
Mas, o certo é que a Copa de 14 está na boca do povo, amaciando o ego de muita gente e estufando os peitos patrióticos das massas, da classe A até a G. O ponto G verde e amarelo. Além da dinheirama que vai correr frouxa. Já estaria correndo. Nos bares da moda não se fala de outra coisa, dessa grana fabulosa que vai enfeitiçando os mesmos sabidos de sempre.
A propósito dessas coisas todas, da Copa que foi e da Copa que vem, lendo uma crônica de Luís Fernando Veríssimo, destaco os dois últimos períodos:
- A África do Sul foi uma experiência, só não me perguntem de que tipo. O país é lindo, a gente amabilíssima, mas sei lá. Tem-se a impressão de que estão à beira de alguma coisa, só é difícil saber se é uma nova sociedade multirracial feita em cima do ódio de gerações ou de uma nova convulsão. Basta uma visita ao magnífico Museu do Apartheid para se ter uma ideia do que precisará ser esquecido para o país se reconciliar com seu passado.
- As sete Copas que cobri já me levaram do México e dos Estados Unidos ao outro lado do mundo, à Coreia e ao Japão. Não sei se vai dar para cobrir a Copa de 2014. Ela se realizará num país que, nos próximos quatro anos, ficará cada vez mais longínquo. Mais longínquo, para mim, do que o Cabo da Boa Esperança. Acho que essa não vai dar mesmo, Calazans.”
Por Wodem Madruga.
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1 comentários:
A COPA da boca do povo,reformas em estadios e as escolas e hospitais publicos caindo aos pedaços...Quanto mais futebol.mais burro o cidadão,feliz com a cervejinha e a camisa do clube,do outro lado os organizadores com vinho,lagosta e caviar,lendo em ingles ou frances,que o povo burro é cego para o caos,quando tem futebol.
ABRAÇOS FRATERNOS
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