No campeonato mundial das desigualdades sociais, o Brasil ocupa lugares de destaque e, quando chega na América Latina, estamos na frente apenas do Haiti e da Bolívia. É bom frisar que a América Latina é o continente mais atrasado do mundo, atrás mesmo da África. Os números são oficiais e fazem parte de um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que foi divulgado ontem e está nas primeiras páginas dos jornais: “Apesar dos progressos sociais registrados no início da década passada, o Brasil continua entre os países mais desiguais do mundo”.
Segundo as agências de notícias, o índice de Gini (mediação do grau de desigualdade a partir da renda per capita) para o Brasil ficou em torno de 0,56 por volta de 2006. Quanto mais próximo de um, maior é a desigualdade. O cálculo do Gini varia de acordo com as fontes e a base dos dados utilizados. Os que estão no relatório mostram o Brasil na rabeira da América Latina, numa situação apenas superior à Bolívia e ao Haiti.
Na informação da BBC Brasil, os piores indicadores pela medição do Gini são Bolívia, Camarões e Madagascar (0,6), seguidos do Haiti, África do Sul (olhe a Copa, gente!) e Tailândia (0,59). O Brasil aparece empatado com o Equador com um indicador de 0,56. Mais: Colômbia, Jamaica, Paraguai e Honduras “se alternam na mesma faixa do Brasil”.
Leio e destaco na matéria da BBC Brasil:
- Dos 15 países onde a diferença entre ricos e pobres é maior, dez são latino-americanos. Em média, os índices Gini para a região são 18% mais altos que os da África Subsaariana, 36% mais altos que os dos países asiáticos e 65% mais altos que os dos países ricos.
- O documento traça uma relação entre a desigualdade e baixa mobilidade social, caracterizado pelo círculo de aprisionamento social definido pela situação. No Brasil e no Peru, por exemplo, o nível de renda dos pais influencia a faixa de renda dos filhos em 58% e 60%, respectivamente. No Chile esse nível de pré-determinação é mais baixo, 52%, semelhante ao da Inglaterra (50%), Alemanha, França e Estados Unidos (32%, 41% e 47%, respectivamente). Já nos países nórdicos, assim como no Canadá, a influência da educação familiar sobre os indivíduos é de 19%.
Acrescenta a matéria:
- Estudos realizados em países com altos níveis de renda mostram que a mobilidade educacional e o acesso à educação superior foram os elementos mais importantes na determinação da mobilidade sócioeconômica entre gerações. Para o PNUD, a saída para resolver o problema da desigualdade na América Latina passa por melhorar o acesso das populações aos serviços básicos – inclusive o acesso à educação superior de qualidade.
É este o resultado das experiências esquerdistas na América Latrina.
Deus nos livre de mais um governo do PT!!!
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