segunda-feira, 29 de julho de 2013
A marcha das "vazias"
Por Alex Medeiros.
As fotos que vocês estão vendo aqui são uma parte do show de horrores e da escatologia gratuíta que um grupo de quinze manifestantes feministas realizou na sexta-feira, durante a visita do papa Francisco ao Rio de Janeiro. Elas se autoproclamam “vadias”.
Enquanto três milhões de jovens de todos os continentes se irmanavam nas mensagens da religião católica, as doidivanas sexistas se exibiam com o único intuito ideológico de chocar e constranger a multidão. E ganhar uns quinze minutos de exposição, claro.
As fotos que vocês estão vendo ainda não retratam totalmente os atos de agressão à fé do povo que estava no Rio para comungar dos preceitos de uma religião milenar. As quinze vadias encenaram masturbação com crucifixos e com estatuetas de santas.
Pior é que na mente desse tipo de gente, quase todos militantes de esquerda, tais posturas são para combater o fanatismo religioso. Como se rebeldia atrevida não fosse a porção fanática que a ignorância empresta à política equivocada de alguns grupos.
Quem eram os fanáticos nas areias de Copacabana? Os três milhões de jovens que rezavam na paz da multidão ou o grupelho de vagabundas vociferando contra a escolha religiosa de todos? Seguir uma religião não é menos inteligente que seguir ideologias.
Eu sou um ateu convicto, mas não vejo na minha escolha qualquer compromisso ideário de sair por aí tentando desconstruir preceitos que a maioria defende. Se houver um debate sobre o tema, exponho minha convicção sobre a não existência do sagrado.
Não vejo no ateísmo uma corrente religiosa ao avesso, não entendo uma posição filosófica como necessidade de confronto com o pensamento oposto. Não acredito nos dogmas cristãos ou muçulmanos, e pronto. Faço deles um assunto de menor interesse.
Não acreditar na existência de um deus ou vários não significa vestir uma armadura de intolerância e brandir a espada do profano na cultura alheia. Sou ateu e pronto, aceitando o diferente como quem abraça um time de futebol sem condenar os demais.
Tenho amigos profundamente católicos, como também evangélicos. Gozei da amizade e da atenção de Dom Nivaldo Monte, com quem tive grandes papos. Ria muito quando ele dizia que nós dois éramos os mais feios de Natal, mais até que Agnelo e Lavoisier.
Tenho a honra de ter entre meus leitores alguns padres, pastores e líderes espíritas. Aliás, meu primeiro livro, em 1991, teve a venda doada para uma entidade kardecista de Ponta Negra. Pensar diferente deles todos nunca foi motivo de distância, ao contrário.
O ateu que agride uma religião não tem convicção nenhuma do que defende. Se agride é porque se incomoda, e se se incomoda é porque se move na dúvida. O ateísmo não é o contrário da crença, o nome disso é heresia. Ser ateu é ter certeza do nada espiritual.
E tem mais. Sou um ateu em constante parceria civil com os fiéis cristãos. Reconheço a importância dos valores morais para o equilíbrio da sociedade, ameçado o tempo todo pelas ideologias autoritárias e intolerantes, como as que motivam vadias e semelhantes.
Chega de uma minoria imunda querer modificar a vida da maioria com conceitos contaminados por interesses políticos de entidades isolacionistas e totalitárias. Toda a minha solidariedade aos católicos pela sujeira estética e moral expostas nas fotos.
Repito aqui o que já externei nas redes sociais. As vagabundas da “marcha das vazias” deveriam ter recebido aquilo que merecem por agredir uma religião que se reúne para rezar até por quem pensa diferente. A PM poderia ter trocado as santas por cassetetes.
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