Registrando a data de morte de Santo Agostinho, o clérigo filósofo, no ano de 430, abro com sua frase "A ignorância mais refinada é a ignorância da própria ignorância".
Eu sei que o movimento "Cansei" é oba-oba de dondocas e ricos cornudos da "Paulivelha Desgrenhada", Mas também o que o lulo-petismo vem se aproveitando para vender seu gato apodrecido em pele de lebre bem nutrida, não está no gibi. Aquela capa da nova edição de Carta Capital é o mais burlesco e panfletário cartaz do governo Lula criado até agora. De rebaixar o russo El Lissitzky e seus pôsteres da vanguarda do atraso bolchevique. Na defesa do embuste palaciano, sustentado por gordas verbas de propaganda ufanista, setores da mídia adoraram a rebeldia dos endinheirados incultos de São Paulo. Acharam o contraponto, a antítese para vender melhor ainda a liturgia operária de que o Planalto é a reprodução em concreto e propina da luta de classes contra as elites sacripantas.
Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar. Nem o "Cansei" representa nada, assim como o governo Lula representa tudo de atraso filosófico, político e sociológico que está empurrando o paiseco para os confins do terceiro mundo. O petismo-mensaleiro promove a mais ridícula marcha reacionária da nação, com seus exércitos de sindicalistas e adjacèncias construindo muros de sub-cultura. Hoje em Brasília houve um teatro mambembe-ideológico com o lançamento de um livro enaltecendo três ou quatro centenas de militantes que decidiram brigar com pau e foice russos contra generais armados até os dentes com canhões e simpatias americanas. O mundo dos anos 60 e 70 foi da guerra fria entre EUA e Rússia.
As ditaduras apoiadas pelo capitalismo selvagem se deram bem, sobrando os ossos da história. Mas é preciso saber que se o jogo tivesse resultado ao contrário, a América Latrina viveria também seu inferno vermelho de atrocidades contra a vida humana experimentado pela Europa do Leste naqueles anos. Vista de longe agora, analisada por quem nem estava lá, é fácil tomar partido, vomitar heroísmo retroativo. Na mesma Carta Capital do lulista Mino, leio a coluna do Sócrates, que está cada vez mais parecendo um ex-jogador esquecido do que um filósofo sempre lembrado. Com o calcanhar das suas preferências partidárias, o irmão do Raí critica o "Cansei" lembrando da luta da sociedade contra o movimento de 1964. Que luta, cara pálida? Não teve nenhuma. Quando os milicos tomaram o país, até a "imprensa democrática" ficou a favor. Quando vejo hoje essa indústria das indenizações, com valentias retroativas transformadas em 50 ou 100 salários, lembro da sabedoria dos que faturam com a História, como essa tese vomitada em todo canto de que a imprensa combateu 64. Mentirosos! Naquele momento, apenas um jornal ficou contra os militares, a Última Hora, de Samuel Wainer. O resto só se manifestou a partir de 68, com a radicalização do conflito governo x guerrilha. E chega de fantasiar heróis comunistas, quando por aqui não teve nenhum. O icone, Carlos Prestes, trocou alguns companheiros por uma fuga previamente planejada com os agentes do Doi Codi. Genoíno, o presidente petista-mensaleiro, se borrou todo e entregou quem ficou pra trás no Araguaia, E Zé Dirceu fez sua maior revolução ao transformar o Planalto numa versão cubana da Cosa Nostra.
Os vestais que jogam como arautos do lulo-petismo precisam encontrar uma forma mais inteligente de contradito às críticas recebidas. Não tentem enganar os mais atentos criando uma dicotomia "Cansei x Bolsa Família". Não é por aí, não me vendam vossa ignorância como sabedoria. De Santo Agostinho a Antonio Gramsci eu já tracei e aprendi a detectar esperteza e mediocridade. Feitas com as mãos ou com os calcanhares.
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2 comentários:
Meu comentário nada tem a ver com o texto em questão, mas não podia deixar de mostrá-los tal notícia:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL58943-5602,00.html
Título: Vento 'quebra protocolo' durante visita do Rei da Espanha à China
hahah
abraço BlaAce e Ivan
O vento foi foda, amarelou o amarelinho.
Valeu
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