O Brasil não vai importar apenas médicos, como pretende e anuncia o
governo petista. O Brasil vai trazer de fora muito mais do que médicos e
suas especialidades. Feijão, por exemplo. Comemos feijão gringo, da
China, há alguns anos. Faz tempo. E vamos importar bem mais, a partir de
agora, como se constata nesta notícia publicada pelos principais
jornais do país: Governo zera imposto de importação de feijão. A
medida foi tomada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex),
segunda-feira: Para combater a inflação, a Camex corta, até 30 de
novembro, o imposto de 10% que incidia sobre as importações de países
fora do Mercosul. Agora o chinês estará mais folgado para vender o seu
feião para o Brasil. Sim, há anos que comemos feijão chinês.
Imagine
a reação do mestre Luís da Câmara Cascudo se soubesse que a feijoada
que ele adorava comer, está sendo feita agora com feijão chinês,
plantado pelos amarelinhos de olhos puxados. A feijoada, simples ou
completa, é o primeiro prato brasileiro, para os brasileiros em geral
(...). A feijoada é uma dessas-obras primas, obrigando iniciação
nacionalizante. Está assim escrito num dos mais importantes e mais
saborosos livros de Cascudo: História da Alimentação no Brasil.
Pois
bem, a nossa feijoada já não é mais a mesma. O feijão vem da China,
que o Brasil importa (de lá e de outros países) porque a produção
brasileira vem caindo. Só na atual safra a redução foi de quase 6%. Sem
falar que tem variedade de feijão produzido no Brasil cujo preço, em
menos de um ano, subiu mais de 100%. Leio nos jornais lá de baixo: A
medida que determina zerar o imposto de importação do feijão é
considerada acertada, pois vai evitar a pressão dos preços do produto
sobre a inflação.
Do jeito que a panela cozinha, vão terminar
tirando a feijoada da mesa dos brasileiros. Leio ainda nos jornais: A
alta do preço do feijão preto, deve ser amenizada, entre julho e agosto
com a importação da China, principal fornecedora para o mercado
brasileiro. O feijão chinês que está chegando ao Brasil é da safra
velha, pois a nova começa a ser plantada em setembro. Danado que o
feijão que estamos comendo não vem somente da China. Vem também da
Argentina. Era só que faltava: feijão argentino no cardápio da seleção
brasileira. Os hermanos vendem para o Brasil uma média de 115 toneladas
de feijão preto todos os anos.
Mas não é somente o feijão que vem
de fora. O Brasil é importador também de arroz, isso sem falar do trigo
(da Argentina, principalmente) para fazer o nosso pão de cada dia....
E veja só esse quase absurdo: O Brasil está importando banana da
Tailândia! Imagine a feijoada brasileira: feijão da China, arroz da
Argentina, costela de cordeiro do Uruguai, cebola de Portugal (sim,
importamos cebola de Portugal) e, na sobremesa, banana da Tailândia!
Acho que só escapam mesmo a carne de sol de Caicó, a farinha e rapadura
do Brejo. Por falar em farinha de mandioca, o produto teve um aumento
de preço perto de 100% de um ano pra cá. Um quilo custa hoje, aí na casa
dos 8 reais, quatro vezes mais do que o preço de um quilo de farinha de
trigo importada.
E quanto vai custar um médico cubano? E a reforma agrária de Lula?
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